quinta-feira, 28 de julho de 2011

Do prólogo

Lembrança: “Onde é mais mais seguro: na escuridão em que mal enxergo ou na escuridão da minha alma?”

Abandonando medos, paguei com desgraças inevitáveis; eram escolhas. Fui o errante que por vezes decidido, e ainda por vezes acanhado, seguia convencido de ser sofredor de repúdios maltratados que, no doloroso decorrer do tempo, sofreu por ser caça dos filhos da noite.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

O primeiro livro


A vida de um homem tem um novo início a partir da abertura dos seus olhos em plena cegueira que perdura por longos caminhos em que sua visão nada alcançava além de obviedades presas por suas limitações ante o desespero da perda de tudo: de tempo, de lugar, de nome. A luta do personagem, narrador deste livro, se dará pelo decorrer da sua busca pelo que emerge em pedaços de recordações, mistura de pesadelos e a sua realidade enfadonha, carregada de fardos que parecem não ter fim. Os dias de luz se foram; os filhos da noite se manifestaram e dominaram todos os cantos das noites profundas que perduraram até a última gota de sangue maldita ser derramada.